Escritor une memórias e histórias em “Dicionário amoroso de Natal”
Memórias pessoais e histórias de grandes figuras se entrelaçam no livro “Dicionário amoroso de Natal”, escrito pelo advogado e poeta Diógenes da Cunha Lima e que será lançado na tarde desta quinta-feira (12). Em entrevista ao programa Tribuna Livre, da Rádio Jovem Pan News Natal, o autor relatou sua motivação para produzir o livro, e trouxe trechos de alguns dos casos relatados no texto.
O livro de 294 páginas traz verbetes que apontam personalidades, histórias, “estórias” e fatos que resgatam a memória e legitimam a auto-estima do natalense, segundo o autor. Diogenes da Cunha Lima garante que o livro segue a linha de Álvaro Moreyra que diz: “As Amargas, Não”, numa referência à publicação que apresenta toda beleza da capital dos Reis Magos, da flor xanana e do famoso “Baobá do poeta”. “O que eu desejo é que o natalense ame a cidade como eu tenho amado. Já ocupei uma série de posições públicas, mas sempre procurando valorizar o trabalho que era feito, com devoção”, declarou.
Segundo Diógenes, sua seleção procurou o “singular distinto”, o único e o excêntrico, a ficção que o povo inventa e a realidade vivida. “Anotei as belezas miúdas, uma vez que não temos vocação para o monumental. Busquei registrar algumas protagonistas da história”, declarou. Ele acredita que o Dicionário Amoroso pode servir como um presente especial de Natal.
O autor também ressaltou a participação de nomes conhecidos dos setores político e economico na fomentação da cultura, como o presidente da Fecomercio, Marcelo Queiroz. O incentivo também é percebido pela Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, da qual Diógenes é presidente. ” A academia criou e está reconhecendo mecenas, pessoas que ajudam a cultura. E não só estamos reconhecendo mecenas como também incentivamos para que surjam outros. O Rio Grande do Norte é pobre, mas tem pessoas absolutamente notáveis”, afirmou.
Entre as novidades que visam a propagação da cultura, ele relatou a criação do projeto “Academia para jovens”, cujo objetivo é apresentar obras poéticas ao público escolar, e a divulgação da revista da academia, lançada a cada três meses.
Curiosidade
O escritor também comentou o fato de ter composto uma música que tinha como ideia ser um novo hino para o RN. Ele afirmou que a atual e oficial versão do Estado possui termos que deveriam ser tirados, como o trecho “domaste o astuto holandês” e a menção a Amazônia. “O hino do Rio Grande é bonito como música, mas não é verdadeiro em sua letra. O hino é ruim. Eu fiz um hino procurando animar o Estado mostrando a beleza que esse estado tem”, disse.
Fonte: Tribuna do Norte