Saúde

Plásticos comuns estão associados a 10% das mortes cardíacas, diz estudo

Produtos químicos sintéticos chamados ftalatos, encontrados em produtos de consumo como recipientes para armazenamento de alimentos, xampu, maquiagem, perfume e brinquedos infantis, podem ter contribuído para mais de 10% de toda a mortalidade global por doenças cardíacas em 2018 entre homens e mulheres de 55 a 64 anos, segundo um novo estudo publicado nesta terça-feira (29) na revista eBiomedicine.

“Os ftalatos contribuem para a inflamação e inflamação sistêmica nas artérias coronárias, o que pode acelerar doenças existentes e levar a eventos agudos, incluindo mortalidade”, afirma o autor sênior Leonardo Trasande, professor de pediatria e saúde populacional na Escola de Medicina Grossman da Universidade de Nova York. Ele também é diretor da Divisão de Pediatria Ambiental e do Centro de Investigação de Riscos Ambientais da NYU Langone.

“Os ftalatos são conhecidos por interromper a testosterona”, diz Trasande, acrescentando que nos homens, “baixa testosterona é um preditor de doença cardiovascular em adultos”.

Estudos anteriores já relacionaram os ftalatos a problemas reprodutivos, como malformações genitais e testículos não descidos em bebês do sexo masculino, além de baixa contagem de espermatozoides e níveis de testosterona em homens adultos. Estudos também ligaram os ftalatos à asma, obesidade infantil e câncer.

“O novo estudo ressalta o potencial enorme fardo para a saúde e econômico da exposição ao DEHP, que se alinha com as preocupações existentes sobre seus riscos”, afirma David Andrews, diretor científico interino do Environmental Working Group, uma organização de consumidores que monitora a exposição a ftalatos e outros produtos químicos em plásticos, por e-mail. Ele não participou do estudo.

O American Chemistry Council, que representa a indústria, recusou-se a comentar o estudo, mas informou à CNN por e-mail que o Painel de Altos Ftalatos da organização é dedicado a promover os benefícios dos altos ftalatos como DINP e DIDP.

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Fonte: CNN Brasil