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Putin promete punir Ucrânia por ataques durante eleição presidencial da Rússia

Vladimir Putin acusou a Ucrânia nesta sexta-feira (15) de buscar atrapalhar a eleição presidencial da Rússia, bombardeando o território russo e usando 2.500 soldados armados para tentar penetrar nas fronteiras do país, e prometeu punir Kiev por suas ações.

O primeiro dia da eleição também foi marcado por incidentes, incluindo o derramamento de tinta em urnas, um coquetel molotov jogado em uma seção eleitoral na cidade natal de Putin e relatos de ataques cibernéticos.

Milhões de russos começaram a votar em todos os 11 fusos horários do país no início da eleição de três dias, que quase certamente dará a Putin mais seis anos no Kremlin.

A sombra da guerra na Ucrânia se abateu sobre a eleição, com o que Putin disse ser um bombardeio repetido nas regiões ocidentais da Rússia e uma tentativa de agentes ucranianos de cruzar o território russo em duas regiões russas.

“Esses ataques inimigos não ficarão impunes”, afirmou Putin, visivelmente irritado, em uma reunião do Conselho de Segurança da Rússia, que inclui chefes militares e de espionagem, bem como as mais poderosas autoridades civis do Estado.

Putin disse que houve quatro ataques à região de Belgorod e um à região de Kursk por agentes armados ucranianos que somavam cerca de 2.500 pessoas. Segundo o presidente russo, eles tinham 35 tanques e 40 veículos blindados e 60% dos soldados foram mortos.

Autoridades ucranianas disseram mais cedo na sexta-feira que grupos armados russos baseados na Ucrânia que se opõem ao Kremlin realizaram os ataques nas regiões de Belgorod e Kursk.

Em meio à guerra da Ucrânia, o conflito mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, Putin, de 71 anos, domina o cenário político da Rússia e nenhum dos outros três candidatos na cédula de votação apresenta qualquer desafio crível.

Mais de 114 milhões de russos estão aptos a votar, inclusive no que Moscou chama de seus “novos territórios” – quatro regiões da Ucrânia que suas forças controlam apenas parcialmente, mas que foram reivindicadas como parte da Rússia. A Ucrânia afirma que a realização de eleições nesses territórios é ilegal e nula.

Fonte: CNN Brasil

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