Política

Auxiliares de Lula avaliam que prender Bolsonaro agora seria um erro

A notícia de que Jair Bolsonaro (PL) passou duas noites na embaixada da Hungria, supostamente em busca de asilo para evitar ser preso, caiu feito pólvora no governo e atiçou adversários do ex-presidente na tarde desta segunda-feira (25).

Passada a agitação inicial, no entanto, com os ânimos menos exaltados, integrantes do governo ouvidos pela CNN avaliam que a prisão preventiva de Bolsonaro sem provas cabais poderia ser um tiro no pé.

A avaliação é de que uma prisão de Bolsonaro neste momento é juridicamente frágil e poderia render munição para o discurso do ex-presidente de que ele é uma vítima de perseguição política.

“Já vimos esse filme de atropelamento de etapas. A prisão é a última alternativa após uma sentença colegiada para aumento da pena. Antecipar isso, sem justificativa muito forte, é um erro”, disse uma fonte palaciana sob a condição de reserva.

A decisão sobre o que vai acontecer neste momento com Bolsonaro está nas mãos do ministro do STF Alexandre de Moraes, que deu 48 horas para que a defesa explique os motivos que levaram o ex-presidente a dormir, sozinho, duas noites na embaixada da Hungria, dias depois de ter sido alvo de busca e apreensão. A resposta, segundo apurou a CNN, deve ser enviada por escrito.

Fonte: CNN Brasil

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