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Eleições que devem reforçar poder de Putin na Rússia chegam ao último dia

O presidente russo Vladimir Putin está prestes a reforçar o seu controle sobre a Rússia neste domingo (17), numa eleição que certamente lhe proporcionará uma vitória, embora alguns opositores tenham realizado um protesto simbólico ao meio-dia nas assembleias de voto.

Putin, que chegou ao poder em 1999, está prestes a conquistar um novo mandato de seis anos. Se completar o tempo, o presidente da Rússia vai ultrapassar Josef Stalin e se tornará o líder russo que esteve mais tempo no poder em mais de 200 anos.

A eleição ocorre pouco mais de dois anos desde que a Rússia iniciou a invasão à Ucrânia, a qual Putin classifica como uma “operação militar especial”.

A guerra pairou durante os três dias de eleições: a Ucrânia atacou repetidamente refinarias de petróleo na Rússia, bombardeou regiões russas e tentou atravessar a fronteira – uma medida que Putin disse que não ficaria impune.

Embora a reeleição de Putin não esteja em dúvida, dado o seu controle sobre a Rússia e a ausência de quaisquer adversários reais, o antigo espião da KGB quer mostrar que tem o apoio esmagador dos russos. A votação termina às 15h no horário de Brasília.

O Kremlin tem procurado uma participação elevada e, com a abertura das urnas pelo terceiro dia no oeste da Rússia, as autoridades disseram que a participação nos primeiros dois dias já havia atingido 63% em todo o país.

Os apoiadores de Alexei Navalny, que morreu numa prisão no Ártico em fevereiro, apelaram aos russos para se manifestarem num protesto “Meio-dia contra Putin” para mostrarem a sua dissidência contra um líder que consideraram um autocrata corrupto.

“Alexei lutava por coisas muito simples: pela liberdade de expressão, por eleições justas, pela democracia e pelo nosso direito de viver sem corrupção e guerra”, disse a viúva de Navalny, Yulia, em mensagem num comício em Budapeste, no dia 15 de março.

“Putin não é a Rússia. A Rússia não é Putin.”

Fonte: CNN Brasil

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